Repetir, repetir, repetir... por quê?

Authors

  • Esperidião Barbosa Neto
  • Zeferino Rocha

DOI:

https://doi.org/10.3333/ps.v3i4.259

Keywords:

trauma psíquico, compulsão à repetição, fala.

Abstract

Repetimos no cotidiano, do início ao fim da vida. Repetimos, sobretudo, na análise. A repetição é um conceito fundamental da psicanálise e se refere a atos inconscientes do sujeito. Resulta de experiências traumáticas que foram recalcadas e outras cuja intensidade da excitação impediu a organização psíquica de elaborá-las, porque nem chegaram a ter representação. As experiências repetidas são aquelas impossíveis de recordação. Neste artigo, nosso objetivo é mostrar a repetição como um conceito psicanalítico, a forma pela qual ela aparece na vida das pessoas e na clínica, também seu aspecto positivo na constituição do sujeito. Primeiro, apresentaremos a repetição como parte do cotidiano da vida das pessoas; em seguida, enfocaremos o conceito a partir da elaboração de Freud e da teorização de Lacan; por fim, observaremos a positividade do conceito no seu contexto clínico e existencial.

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Published

2014-12-27

How to Cite

Neto, E. B., & Rocha, Z. (2014). Repetir, repetir, repetir. por quê?. Revista Psicologia & Saberes, 3(4). https://doi.org/10.3333/ps.v3i4.259