A PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE MODELOS DE GESTÃO EM SAÚDE E A INSERÇÃO DA PSICOLOGIA:

primeiras aproximações

Resumo

O Movimento Sanitarista no Brasil, formado pela sociedade civil organizada, acadêmicos e trabalhadores da saúde, exercia forte crítica aos modos centralizados, fragmentados e extremamente hierarquizados de fazer gestão em saúde no país até o final da década de 1980. No entanto, vivenciamos a prevalência de dois modelos de gestão no atual Sistema Único de Saúde (SUS): um modelo de gestão orientado a participação e a coletivização dos processos; e outro modelo orientado à centralização, fragmentação e hierarquização dos processos. Sendo a gestão em saúde no SUS um ponto de conflito de saberes e de práticas que, com efeito, determinam a capacidade cidadã da população brasileira, questionamos se a atual produção acadêmico-científica tem pesquisado sobre o tema da gestão em saúde? Em sendo as atuais políticas públicas de saúde, orientadas às tecnologias relacionais no trabalho em saúde, tem a Psicologia contribuído com pesquisas no campo das práticas de gestão em saúde? Trata-se de pesquisa de caráter quanti-qualitativo, com objetivo de pesquisa exploratória e descritiva, utilizando como procedimentos a pesquisa bibliográfica na base de dados da SciELO, com os descritores “Gestão em Saúde” e “Psicologia” e operador lógico boleado “and”. Foram realizadas as primeiras aproximações de análise com 55 referências bibliográficas, publicadas no período entre 2002-2013.