TETO-JARDIM NO CONFORTO TÉRMICO DE GUARITAS:
UMA ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL NO BAIRRO DA PONTA VERDE, MACEIÓ-AL
Resumo
O teto-jardim é uma técnica arquitetônica sustentável que consiste na utilização de vegetação nas coberturas de edificações, promovendo benefícios tanto ambientais quanto para o conforto dos moradores. Entre as suas principais contribuições, destacam-se a redução da temperatura, o controle das ilhas de calor, a melhoria na drenagem de águas pluviais e a valorização estética do ambiente urbano. Este artigo analisa a eficácia dos tetos-jardins em relação ao conforto térmico em edificações da cidade de Maceió, com o objetivo de incentivar sua implementação por arquitetos e urbanistas, destacando seus benefícios. A pesquisa foi conduzida no bairro Ponta Verde, onde foram avaliadas quatro guaritas. Foram mensuradas a temperatura, luz e umidade, tanto internas quanto externas, em dois períodos do dia (manhã e tarde). Os dados obtidos foram analisados por meio do teste de Tukey no software GENES. Os resultados revelaram que as guaritas com tetos-jardins apresentaram temperaturas internas mais baixas e menores níveis de umidade, mesmo nos horários de maior calor e radiação solar. A presença de vegetação e revestimentos de alta refletividade contribuiu significativamente para a redução da temperatura e da umidade internas. Contudo, apesar dos benefícios comprovados, a técnica do teto-jardim ainda é pouco difundida. Sua inclusão nos currículos de cursos de Arquitetura e Urbanismo, assim como sua aplicação em empresas de paisagismo, é fundamental para fomentar a sustentabilidade urbana em Maceió, aumentando áreas verdes, melhorando o conforto térmico, a qualidade do ar, a redução de poluição sonora e aprimorando a estética da cidade.
Palavras-chave: Telhado verde. Sustentabilidade. Qualidade do ar.
Downloads
Referências
Barbirato, G. M., Barbosa, R. V. R., Fernandes, E. F. & Morais, C. S. (2002) Análise de perfis térmicos urbanos em Maceió-AL. Anais do IX Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ENTAC), Foz do Iguaçu, Paraná-Brasil, Anais, pp. 319-325.
Cruz, C. D. (2013) Genes: a software package for analysis in experimental statistics and quantitative genetics. Acta Scientiarum. Agronomy, v. 35, n. 3, p. 271-276 https://doi.org/10.4025/actasciagron.v35i3.21251.
Catuzzo, H. (2013). Telhado verde: impacto positivo na temperatura e umidade do ar. O caso da cidade de São Paulo. Tese de Doutorado, FFLCH, Universidade de São Paulo, São Paulo. doi:10.11606/T.8.2013.tde-18122013-123812. Recuperado em 2024-01-22, de www.teses.usp.br.
Dias, A. E. (2016). O desempenho térmico de uma cobertura verde em simulações computacionais em três cidades brasileiras (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/175074.
Ecotelhado (2021) Soluções em Sistemas para Arquitetura Sustentável e Bioconstrução, Recuperado em 2021-08-10, de https://ecotelhado.com.
Minke, G. (2005) Techos verdes: Planificación, ejecución, consejos prácticos. Montevideo, Uruguay: Editorial Fin de Siglo.
Oliveira, P. L., Soares, R. G. & Santos, S. X. (2016) Desempenho térmico das edificações: estudo comparativo entre o telhado verde e outros tipos de coberturas. Petra, v. 2, n. 1, p. 36-55.
Penz, M., Stulp, K., Moreira, L. S., Bressler, L. R. & Weis, A. A. (2017) Telhados verdes como alternativa ao meio urbano: conforto térmico. Revista Infinity (Revista dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Engenharia de Produção), v.2, n. 1, p. 1-18.
Souza, M. A. (2022). Influência do telhado verde no conforto térmico em instalações zootécnicas (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Viçosa, Programa de Engenharia Agrícola. https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.411.
Souza, R. O. L., Ferreira, M. L. S. S. & Vasconcelos, C. A. B. (2015) Telhado Verde de baixo investimento composto por plantas medicinais e aromáticas. Semioses, 9 (2), 48-58.