B.F SKINNER VAI AO CINEMA:
uma breve análise fílmica de "O show de Truman" (1998) baseada em uma perspectiva behaviorista
Palavras-chave:
Audiovisualidades, Behaviorismo Radical, Ciência, Cinema, Comportamento, Filme, Skinner, B.FResumo
Este artigo objetiva apresentar uma breve análise do filme O show de Truman (1998) a partir do arcabouço teórico do behaviorismo radical de B.F Skinner em seu deslocamento para o arquivo fílmico. Para a construção dessa análise, propomos a construção de uma metodologia específica, delineada em forma de etapas. Inicialmente, foi realizada a seleção do filme seguidamente da demarcação estruturada e organizada de algumas configurações deste: Nome do filme, ano e a quantidade de horas, minutos e segundos dele. Feito isso, o arquivo fílmico foi encarado enquanto uma unidade constituída em um espaço-temporal marcado pela quantidade de horas, minutos e segundos. Assim, em nosso deslocamento teórico, todo o espaço-temporal foi compreendido a partir do modelo de seleção por consequências proposto por Skinner e seus três níveis de seleção: 1) filogenético, 2) ontogenético e 3) cultural. Acerca do primeiro, no arquivo fílmico, foi observado, sobretudo, as expressões emocionais, entendendo-as como inatas. No segundo e mais importante para a análise, pensamos o desenvolvimento ontogenético dos personagens do arquivo fílmico de acordo com os marcadores espaço-temporais; neste caso, as horas e minutos. E, no último, os aspectos grupais. Enfim, a análise foi exposta da seguinte forma: primeiro foi feito um breve resumo sobre o enredo, a temática e o drama que é abordado prosseguindo da análise propriamente dita de sete recortes cênicos. Em suma, o presente artigo tornou possível pensar o arquivo fílmico enquanto uma fonte para a investigação de uma ciência do comportamento.
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Referências
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