OS DONOS DO RIO: Do processo de exploração à emancipação do rio Jutaí (1940 a 1970)

Autores

  • Jucimar Ribeiro Santa Luzia Universidad Autónoma de Asunción
  • Esdras Carlos de Lima Oliveira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas

Palavras-chave:

Ocupação territorial, seringais, Rio Jutai

Resumo

Esse artigo tem como intenção, abordar o processo de exploração da calha do Rio Jutaí, a partir do monopólio da borracha, no período que vai da década de 1940 a 1970. Salientamos que esse contexto é distinto daquele do final do século XIX, quando se iniciou a produção do látex em terras da Amazônia. O artigo está dividido em temas que falam do procedimento dessa dinâmica de exploração comercial dessa matéria prima pelo governo brasileiro na região Amazônica. Trata também da situação dos trabalhadores desses seringais, sobretudo dos nordestinos. Mostra o ressurgimento do mercado da borracha e o primeiro declínio desse comércio; a constituição dos seringais nos rios prósperos, pelo governo, em parceria com os coronéis de barranco. E finalmente, a difícil abertura dos portões invisíveis do rio e a criação da sede do município de Jutaí, em 1955. No ensejo mencionaremos um evento ocorrido na “Localidade” do Japó, conhecido como “a revolta dos rendeiros” contra os cobradores de impostos dos seringalistas.  

 

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Publicado

2019-08-19

Como Citar

Luzia , J. R. S. ., & Oliveira , E. C. de L. (2019). OS DONOS DO RIO: Do processo de exploração à emancipação do rio Jutaí (1940 a 1970). Revista Psicologia & Saberes, 8(12), 102–120. Recuperado de https://cesmac.emnuvens.com.br/psicologia/article/view/1065